Internet das Coisas

Anotações importantes relativa a disciplina "Big Data, MBA em Análise de Dados com BI e Big Data" (EAD Unicsul) - Publicado em junho/2020.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. Material didático da disciplina;
2. Análise da informação para tomada de decisão, desafios e soluções. Curitiba, PR: Intersaberes
3. A Practical Approach to Cloud IaaS with IBM SoftLayer - http://www.redbooks.ibm.com/
4. Building Big Data and Analytics Solutions in the Cloud - http://www.redbooks.ibm.com/
5. Building Real-time Mobile Solutions with MQTT and IBM MessageSight - http://www.redbooks.ibm.com/

• Conceitos
• Ecossistema
• Dispositivos
• Aplicações
• Arquitetura

Conceitos iniciais de Internet das coisas

Apesar de IoT ter explodido recentemente juntamente com a Industria 4.0, abordagens não são recentes.

Weiser (1999): deverão existir centenas de dispositivos por pessoa, por ambientes, de todas as escalas, conectados às redes sem fio, tornando a computação onipresente, além da evolução das interfaces com os seres humanos, devendo ser mais transparentes e simples;

Lyytinen e Yoo (2002): o próximo passo da computação é tornar o computador embutido nas ações naturais e interações humanas;

Satyanarayanan, (2001): A essência da computação pervasiva reside na criação de ambientes saturados de computação e capacidade de comunicação que se integrem com a vida humana;

Casagras (2009): IoT é definida como uma infraestrutura de rede global, interconectando física e virtualmente objetos, com o objetivo de explorar dados capturados e suas capacidades de comunicação. Tal infraestrutura inclui e envolve a internet e as redes de comunicação, necessitando de identificação única de objetos, sensores e capacidade de conexão, características que são bases para o desenvolvimento independente de serviços e aplicações. É caracterizada pelo alto grau de captura autônoma de dados, transferência de eventos de rede, conectividade e interoperabilidade.

Todos que já usaram um navegador ou realizaram buscas na web ou utilizam redes sociais, conhecem o seu poder para conectar pessoas entre si ou ter acesso a informações, e com o crescimento dos dispositivos inteligentes, a internet está evoluindo para IoT, com bilhões de dispositivos interconectados realizando medições e ações, algumas vezes de forma independente.

IoT refere-se a um ambiente dinâmico e com vários dispositivos monitorando e atuando neste mesmo ambiente. Estes dispositivos além, de monitorar o ambiente externo, coletam informações sobre o “mundo real” e podem se comunicar com qualquer outro dispositivo no mundo, em qualquer lugar, tornando a internet mais abrangente e permitindo que estes dispositivos interconectados colaborem entre si.

É uma tecnologia revolucionária com grande potencial para inovações e melhorias significativas em ambientes sociais e corporativos com aplicativos inteligentes que permitem gerenciar melhor recursos e fornecer sistemas mais eficientes, como em “Cidades Inteligentes”, com serviços inovadores e de melhor qualidade com melhorias em infraestrutura e redução de custos.

Pensando em atividades que já podemos executar atualmente, como prever falhas em veículos ou traçar um perfil de um condutor para compor o valor do seguro, um médico examinando a distância, sistemas de geração de energia eólica no meio do oceano sendo diagnosticados e algumas vezes consertados remotamente, casas sendo controladas remotamente através de interfaces em uma webpage etc., é difícil imaginar onde IoT pode nos levar daqui a 10 ou 20 anos, mas é certo que IoT vai muito além de conectar pessoas a informação ou outras pessoas, com dispositivos interagindo entre si, o que pode eventualmente se tornar um “sistema nervoso central global” em um “planeta inteligente” (Ref.: Smarter Planet - ibm.com/redbooks - Building Real-time Mobile Solutions with MQTT and IBM MessageSight) .

O conceito do “IBM Smarter Planet” é apoiado em 3 pilares chamados 3Is:

1. Instumented: informações são coletadas onde quer que existam com o uso de sensores remotos;
2. Interconected: informações são levadas para qualquer lugar onde se possa ser consumida de forma útil;
3. Intelligent: informações são processadas, analisadas, e geram ações para gerar máximo valor e conhecimento.

Vale observar que o planeta já tem um crescimento acelerado de dispositivos voltados para IoT, com exemplos que vão desde RFIDs (radio frequency identification) até sistemas GPS em sistemas embarcados, com sua identificação única sendo viabilizada pelo IPV6, permitindo comunicação direta entre eles ou por intermédio de computação em nuvem. Os próximos passos são a melhor utilização deste imenso volume de informações, levando-as para onde possa ser mais bem interpretada, usando os vastos recursos computacionais atuais, para entender melhor o que está acontecendo e promover uma melhoria na qualidade de vida.