Anotações importantes relativa a disciplina "BI - Business Intelligence,
MBA em Análise de Dados com BI e Big Data" (EAD Unicsul) - Publicado em março/2020.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BI é um termo "guarda-chuva", incluindo arquiteturas, ferramentas, banco de dados, aplicações e metodologias que possibilitam a transformação de um conjunto de dados em informação, e eventualmente em conhecimento (processamento dos dados geram a informação, e o processamento da informação gera o conhecimento).
Vale observar que é uma expressão livre, podendo significar coisas diferentes para pessoas diferentes, com uma grande quantidade de acrônimos e "palavras da moda".
Informações provenientes das ferramentas de BI permitem detectar proativamente oportunidades, logo as informações são ativos importantes para as organizações, e permitem vantagens competitivas diante do Mercado.
De forma geral BI tem o objetivo de permitir o acesso interativo aos dados (em tempo real se necessário), assim como sua manipulação, permitindo uma análise adequada dos mesmos.
O termo foi inicialmente usado pelo Gartner Group (década de 90), mas conceito já existia desde 1970 com relatórios gerenciais (SIG) estáticos, bidimensionais e sem recursos de análise.
Em 1980 surgiram os sistemas de informação executivas (EIS) com relatórios dinâmicos e multidimensionais, proporcionando prognósticos e previsões, análises de tendências, detalhamento, acesso a status e fatores críticos de sucesso.
A partir de 2005 foram acrescentados recursos poderosos de análise, assim como inteligência artificial.
Abordagens modernas descrevem BI em poucas palavras como "informações certas na hora certa e no lugar certo".
Responsáveis pelo armazenamento de milhares ou milhões de transações individuais, diariamente. Tipicamente são utilizados modelos Entidade e Relacionamento (ER), onde cada entidade com sua própria tabela e relacionam-se com as demais (cada pedaço de informação existem em apenas 1 lugar).
Anteriormente estes grandes volumes de informação eram subutilizados, até pela limitação tecnológica e capacidade de processamento. As ferramentas e algoritmos de BI atuais permitiram uma grande mudança neste cenário.
Conjunto de elementos que interagem formando um todo único e complexo. Pode ser dividido em partes menores, denominadas
subsistemas, que funcionam de forma independente, porém se algum deles falhar irá comprometer o todo.
Exemplo: Sistema de transporte urbano composto por subsistemas metroviário, ferroviário e transporte urbano (ônibus).
Quanto a natureza podem ser abertos (possuem interação com o ambiente externo) ou fechados (sem interação com ambiente externo).
Uma empresa de forma geral é um sistema aberto com três componentes básicos: entradas, processamento e saídas (exemplos de SI's empresariais são sistemas voltados para produção, finanças ou contabilidade, RH e vendas ou marketing).
Processo de transformação de dados em informação, responsável pela coleta, armazenamento, recuperação, processamento e distribuição da informação.
Primeiros sistemas, de nível operacional, e tinham como objetivo redução de custos com a automatização de rotinas (Ex.: folha de pagamento, faturamento, controle de estoque etc.).
Transação neste contexto pode ser definida como qualquer troca de valor ou movimento de mercadorias que afete a lucratividade de uma organização ou seu ganho global, inclusive a realização de metas organizacionais
Controle de fluxo de componentes e matéria prima
Controle de fluxo de materiais, informações e serviços de fornecedores, visando redução de riscos e incertezas.
Em 1972 fundada a SAP (Systemanalyse and Programmentwicklung) - Sistemas, aplicações e Produtos para processamento de dados em tradução literal, surgindo então o conceito original de ERP.
Mais notabilizado a partir dos anos 90, passaram a cobrir as atividades do negócio como um todo (ver nota 1), se notabilizando por suportar de forma muito eficiente as atividades de backoffice (atividades de controle interno).
São pacotes comerciais de software, adquiridos prontos e de forma modular, contemplando as melhores práticas de mercado (best practices) e com banco de dados únicos. Permitem customizações, apesar de não serem desenvolvidos para um cliente em específico.
Nota 1:
Para atividades de frontoffice (necessitam de interação com partes externas à empresa, como fornecedores ou clientes) não apresentam a mesma eficiência, o que serviu de motivação para o surgimento de conceitos como CRM.
Tem como objetivo gerenciar o relacionamento com o cliente, deste a identificação, até satisfação e fidelização.
Observação: tangível se refere de forma geral a algo que pode ser tocado.
Sistema antigo e que ainda é vital para a continuidade dos negócios das empresas.
Modelo cliente servidor em três camadas:
Em nível internacional SAP (Alemanha) e Oracle (EUA) são os principais fornecedores. No Brasil, a TOTVS (Brasil) alcançou grande fatia do mercado com a estratégia de aquisição empresas nacionais de destaque (Microsiga, RM Sistemas, Logix etc.).
No final dos anos 90 a Toyota enfrentou problemas na sua cadeia de fornecimento e em suas operações nos EUA, quando os custos de logística e armazenamento se elevaram, tendo como consequência insatisfação de clientes pela incapacidade de fornecimento dos veículos, que passavam a comprar carros de concorrentes como a Honda.
Alguns dados importantes:
Na ocasião eram produzidos relatórios e dados em grande quantidade, porém sem direção, impossibilitando uma análise estratégica dessas informações. Existiam relatório sobrepostos, dados não eram exatos, informações não eram compartilhadas ou compartilhadas de forma lenta, impossibilitando tomada de decisões em tempo hábil.
Na tentativa de solucionar os problemas, a empresa concluiu que era necessário um data warehouse (repositório central de dados históricos, com acesso e manipulação fáceis, para suportar a tomada de decisões).
Em uma primeira tentativa, foi implementado um sistema com o objetivo de fornecer dados precisos e em tempo real, porém não funcionou como esperado, com resultados e análises errôneas.
Um dos principais motivos do insucesso foi devido inconsistência nos dados históricos, com anos de erros de lançamento que passaram despercebidos (dados duplicados ou faltantes entre outros). Era um típico caso de conceito correto, mas com tecnologia errada.
Em 2000, a Toyota passou a usar o data warehouse da Oracle e a plataforma de BI da Hyperion, que incluía recursos como o uso de dashboard com cores para identificar situações críticas em tempo real, como os tempos de entrega começando a atrasar, permitindo ações imediatas nas fontes de problemas.
Em pouco tempo foram identificados diversos problemas (ex.: cobrança duplicada por envio especial por trem, erro de US$ 800.000,00), e alcançados resultados excepcionais.
Ocorreu aumento de carros negociados em torno de 40% entre 2001 e 2005, com um aumento de apenas 3% do número de funcionários, e o tempo de trânsito ainda foi reduzido em 5%.
Um estudo independente realizado pela IDC Inc. apontou um retorno de 506% sobre o investimento em BI.
O chamado Quadrante Mágico Gartner é uma referência de pesquisa para tomada de decisões, não só para ferramentas de BI,
existindo diversas variações.
Basicamente a avaliação ocorre sobre quatro visões distintas:
Para 2019 o resultado do trabalho é o apresentado a seguir, onde podemos observar Microsoft e Tableau a frente dos concorrentes:
Para atuar na área de BI precisamos antes de tudo ser multidisciplinares, com conhecimentos sólidos de matemática, estatística e lógica, visto que as possibilidades de aplicação destes conceitos são de amplo espectro para diversos segmentos, por exemplo RH, marketing, finanças etc. Um profissional de BI necessita conciliar teoria e prática, conhecer ferramentas e métodos tecnológicos disponíveis, estudar e compreender bases com grandes volumes de dados o que define a necessidade de ter conhecimento de tecnologias e modelagem de banco de dados. Algumas atividades podem ser listadas de forma mais específica:
Comulmente são descritos 5 benefícios nas referências: